A nossa existência é assinalada por um princípio e por um fim que com toda a pompa e circunstância por terceiros é celebrada e relembrada.
Cabe-nos assinalar o meio. O nosso meio é um contínuo entre princípio e fim.
Momentos como este devem ser assinalados pela colocação de um marco existencial.
Lembrei-me agora do Google Earth, aqueles marcos que pomos a assinalar algo relevante no meio do mar, floresta, deserto frio, deserto quente ou mesmo selva urbana.
Lembrei-me agora do Google Earth, aqueles marcos que pomos a assinalar algo relevante no meio do mar, floresta, deserto frio, deserto quente ou mesmo selva urbana.
O nosso marco serve para separar etapas, realizar sonhos, celebrar conquistas... em suma fechar e abrir capítulos.
Estas palavras assinalam a abertura de um novo capítulo...
Numa conversa de jantar, recentemente disseram-me que apenas uma em cada dez pessoas tem coragem de abrir novos reais capítulos na vida, sendo que muitos apenas indefinem o fim de um e começo de outro por ser mais cómodo lidar com uma indefinição do que começar realmente algo novo. Se assim o é, considero-me esse um desses capazes.
Abri uma nova página no meu "meio contínuo", arrisquei, atrevi-me, deixei tudo para trás, saltei, mergulhei, fechei os olhos e só abri numa nova página.
A sensação de leveza, de liberdade mescla-se com pequenos receios próprios da natureza humana. Não tenho nada a perder, o capitulo agora começou, para trás só tenho um marco seguido de capitulo X...